Osteopatia
O que é a Osteopatia?
A Osteopatia é uma disciplina científica criada em 1890 pelo médico cirurgião norte-americano Andrew Still.
Estuda as disfunções do movimento a nível neuro-músculo-esquelético, visceral e craniano e utiliza técnicas exclusivamente manuais, que normalizam o movimento, o posicionamento, a enervação e a vascularização das estruturas.
Diferencia-se da Fisioterapia pela maior utilização de técnicas articulares manipulativas, viscerais, cranianas e vasculares.
Uma lesão Osteopática pressupõe uma restrição de movimento, seja ele numa articulação, num tecido, num órgão interno ou numa região craniana e a sua resolução consiste então em reduzir ou eliminar essa restrição.
Áreas de intervenção:
Osteopatia Obstétrica:
Pela constante mudança do corpo durante a gravidez, ocorre diariamente um ajuste postural ao crescimento do útero, de todos os tecidos envolventes, dos ossos da bacia, do centro de gravidade, entre outros, e dependendo da condição física prévia da grávida e da sua capacidade de adaptação podem ocorrer dores musculares, articulares ou alterações vasculares, que por sua vez poderão condicionar as pressões exercidas no útero e feto bem como o decorrer de todo o trabalho de parto e parto.
Assim, a Osteopatia na Grávida poderá ser benéfica em casos de:
- alterações músculo-esqueléticas – dor lombar, dor ciática, dores de cabeça.
- alterações vasculares – má circulação, pernas inchadas
- alterações digestivas – azia, obstipação ou diarreia
As técnicas osteopáticas são perfeitamente seguras em todas as fases da gravidez e tendem a levar a uma maior libertação da bacia a fim de contribuir para reduzir tensões no feto bem como propiciar um parto natural e “fluído”.
Também no pós-parto a Osteopatia pode reduzir as dores resultantes de uma postura deficiente durante o parto ou durante a amamentação, para além de ajudar a encontrar um equilíbrio emocional.
Osteopatia Pediátrica:
As posições mantidas, pressões sofridas no útero e o próprio parto (seja ele forçado, instrumentalizado – fórceps, ventosa e cesariana – ou mesmo eutócico) sujeitam o bebé a pressões por vezes irregulares e assimétricas que podem provocar alterações na estrutura física do recém-nascido.
A Osteopatia permite, de forma muito suave, minimizar ou mesmo corrigir essas alterações atuando, assim, de forma preventiva, nomeadamente em casos de:
- alterações da forma do crânio (plagiocefalias, etc);
- disfunções da ATM (articulação temporo mandibular) de oclusão ou deglutição;
- torcicolo congênito;
- transtornos digestivos – cólicas, obstipação ou diarréia, bolçar excessivo;
- hiperatividade, alterações do sono;
- otite, rinite, obstrução do canal lacrimal (olho choroso);
- alguns tipos de estrabismo e outros problemas visuais.